Eu sempre pensei que
seria outra coisa no mundo...
A areia da praia,
viveria soltinha,
voando sem rumo,
leve no vento,
à beira do mar,
à brisa gostosa
A neve branquinha,
alegraria as crianças,
brincariam comigo,
eu seria bonecos,
bolas, diversão...
Quem sabe
um raio de luz,
um papagaio ou
um pé-de-moleque?
Mas se eu fosse
um raio apagado,
um papagaio calado ou um
pé-de-moleque quebrado?
Há! Se eu fosse
O pôr-do-sol
ou o amanhecer do dia?
É... acho que nunca
serei outra coisa
no mundo - e não posso.
Sendo somente eu
viverei de alegrias
domingo, 2 de setembro de 2007
ASAS PARA O POETA
A vida é livre
por entre as palavras
de quem escreve
Escapa cada centímetro
por entre os dedos
de quem rabisca
A vida?
Por entre jardins e janelas
de casas estranhas,
monumentos cinzentos
e árvores floridas
reflete o secreto encanto
do desencanto
de cada manhã
A vida...
Parece ecoar
pelos confins distantes
Remotos esconderijos
Secretos abrigos
O poeta amador
Voa com a ilusão,
Embarca na esperança-
um profissional sonhador.
por entre as palavras
de quem escreve
Escapa cada centímetro
por entre os dedos
de quem rabisca
A vida?
Por entre jardins e janelas
de casas estranhas,
monumentos cinzentos
e árvores floridas
reflete o secreto encanto
do desencanto
de cada manhã
A vida...
Parece ecoar
pelos confins distantes
Remotos esconderijos
Secretos abrigos
O poeta amador
Voa com a ilusão,
Embarca na esperança-
um profissional sonhador.
A cidade doentinha
A cidade está doente
Resta apenas a gripe que a chuva causou
A cidade sofre de alagamento grave
Constipada de lama, limo,
lodo e muito lixo
Lágrimas escorrem cada quadra
O ônibus talvez não passe
A escola talvez nem abra
No hospital não entra ninguém
A cidade quer remédio
Dupla dose de injeção para curar -
atenção e respeito de políticos insolentes
Ruas sujas, casas destruídas,
gente em risco
Esperanças que se findam
Falta a velha parada de ônibus,
gente em frente à praça
e crianças brincando
Falta o sorriso no lábio
e os alegres sons de uma cidade
ainda não curada
Resta apenas a gripe que a chuva causou
A cidade sofre de alagamento grave
Constipada de lama, limo,
lodo e muito lixo
Lágrimas escorrem cada quadra
O ônibus talvez não passe
A escola talvez nem abra
No hospital não entra ninguém
A cidade quer remédio
Dupla dose de injeção para curar -
atenção e respeito de políticos insolentes
Ruas sujas, casas destruídas,
gente em risco
Esperanças que se findam
Falta a velha parada de ônibus,
gente em frente à praça
e crianças brincando
Falta o sorriso no lábio
e os alegres sons de uma cidade
ainda não curada
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