domingo, 26 de agosto de 2007

Mundos

Linhas que me surpreendem,
Entrelinhas que me espantam,
Pensamentos descontidos
se apresentam
disparam
em versos – em mundos -
e ao longo deles
voam, desaparecem
ou persistem
e se multiplicam

Palavras se encaixam,
Frases sonorizadas,
Se alimentam
Idéias abstratas
ou claríssimas
se fundem no papel
- no meu mundo -
através da tinta fina
da caneta azul oceano
- cor do céu daqui-
que escreve macio
e desliza pelo caderno
- por mundos -
nessa noite serena,
nesse silêncio profundo
nessa ausência ensurdecedora de sons,
onde tudo silencia
diante dos meus pensamentos
ritmados pelo tic-tac do relógio

E esses mundos silenciam alto
para que eu e o relógio
prossigamos nossas aventuras

Nesse planeta
Eu que já vivi
tanto neles – a cada verso -
e o relógio que me acompanha
dando fim ao mortal
silêncio total
dessa noite morna
após longas visitas

à distantes mundos

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